Através de vivências e pontos de vista diversos de nativos e moradores permanentes, os diretores conduzem a narrativa para que o espectador desmistifique o conceito de “paraíso” atribuídos a locais onde a “beleza física” se sobrepõe a todos os problemas, dando a sensação de perfeição aos olhos de quem apenas passa por ali.

Outra aspiração do longa é alertar o mundo para a necessidade de se preservar lugares com uma importância ambiental relevante do patamar de Noronha. A preservação da cultura e do povo local também são abordados em “A vida da ilha”. Evidenciando a rica e particular herança social que molda a identidade dos noronheses.

Chamar a atenção para tais pontos, dando voz a quem realmente tem propriedade para falar, ou seja, pessoas que vivem a Ilha de forma plena, com seus privilégios e suas mazelas, nos faz compreender que até mesmo os paraísos podem ser Infernais. Entre olhares diversos, somos conduzidos para questionamentos que nos trazem uma avaliação mais ampliada do desenvolvimento de um território.

Com uma humanidade única e personificada, o documentário vai nos guiar de forma simples e orgânica aos encantos, dilemas e sonhos de quem vive uma vida ilhado, de quem vive a Vida da Ilha.